Estágio Ordem Portuguesa dos Psicólogos - Testemunho Dr.ª Filipa Ponte

O meu nome é Filipa Botelho Ponte, tenho 22 anos e sou natural da ilha de São Miguel. Iniciei a
minha formação académica em 2019, na Universidade dos Açores, onde obtive a licenciatura em
Psicologia. Atualmente, frequento o segundo ano do Mestrado em Psicologia da Saúde e Neuropsicologia
da Universidade de Aveiro.
No âmbito do mestrado supramencionado, encontro-me a realizar o estágio curricular no Centro de
Desenvolvimento Infantojuvenil dos Açores (CDIJA). Esta instituição clínica tem-me proporcionado a
aquisição de competências específicas que enriquecem a prática psicológica. Tenho tido a oportunidade de
trabalhar quer com as crianças, com os pais, professores e com a comunidade em geral. Desde o primeiro
dia, fui inserida num ambiente onde a interdisciplinaridade não é apenas um conceito, mas sim, uma

prática diária. Tenho tido a oportunidade de testemunhar como cada profissional, contribui para o bem-
estar e desenvolvimento dos indivíduos de forma integral. Deste modo, foi-me possível observar consultas

de outras áreas de intervenção, como Terapia Ocupacional, Psicomotricidade e Terapia da Fala. Além
disso, o CDIJA oferece aos seus estagiários a oportunidade de se envolverem numa outra vertente, que
não apenas a clínica, isto é, na área da Psicologia Comunitária, participando em sessões de grupo, em
ações de sensibilização e formação.
Importa salientar ainda, a abertura à criatividade e dinamismo que esta clínica proporciona, na
medida em que me facultou a oportunidade de desenvolver um programa de intervenção em grupo, em
conjunto com a minha colega Ana Rita Arruda, intitulado “Programa de desenvolvimento de
competências sociais: Amigos Autênticos”.
Assim, desde o início, fui acolhida pela equipa de forma calorosa, promovendo-se o espírito crítico
e o trabalho colaborativo. Esta experiência tem sido extremamente enriquecedora, tanto a nível pessoal
como profissional. Saio deste estágio não apenas com mais competências e conhecimentos, mas também
com uma grande apreciação pelo poder da multidisciplinaridade e da união, na procura de um objetivo
comum:
providenciar ao “outro” estratégias que lhe permitam alcançar uma melhor qualidade de vida.